sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Visões

Ilustração da minha amiga sobre sua visão
guiada pela frase "imagine o espaço entre as suas orelhas"

Uma amiga minha começou a fazer meditação e, com exercícios de visualizações guiadas, ela passou a ter "visões".

Parei pra pensar e notei que faz um tempo que não tenho visões. Acho que ando meio desconectada de mim mesma, tenho que praticar mais esse dom.

Eu costumava ter mais visões. Frequentemente durante as orações em grupo que frequentava em São Paulo, mas também volta e meia quando eu estava mais relaxada.

Quando eu mudei pra Xangai passei a ter visões mais antes de dormir, mas estava sempre tão cansada que 'espantava' as visões pra poder dormir.

Hoje as visões não acontecem mais. Só ficaram os 'dejavus' (que me deixam muito desconfortável).

Eu sei que é um lado meu que tenho que desenvolver mais, sei que estou em falta com as orações.

O gozado é que me dei conta quando vi as ilustrações da minha amiga sobre as visões dela (visões guiadas, mas interessantes mesmo assim).

Quando eu tiver a próxima visão eu vou postar aqui, vai que é pra alguém que lê o blog, vai que quer dizer algo.

Por enquanto vou dormir e sonhar - e talvez contar os sonhos pra vocês também.

Frô.

sábado, 24 de novembro de 2012

"Encosta a sua cabecinha no meu ombro e choooora..."

É um chororô.

Na sexta-feira depois do show do Mafaro fui com a minha galera pra balada. Minhas amigas são minha família aqui em Xangai. O tempo vai passando e ficamos cada vez mais unidas.

Na balada uma delas bebeu um pouco demais (shots de Jäger + cerveja, dá no que dá). Ela sempre foi uma pessoa meio fechada e nunca foi de contar detalhes da vida dela pra gente, só que na balada começou a discutir assuntos íntimos com um estranho - foi um verdadeiro divã.

Ontem ela, sóbrea, pela primeira vez conversou comigo sobre o que ela sente, os planos pra vida dela. Parece que finalmente desbloqueou algo.

Eu, que já sou "desbloqueada" de natureza, também me abri igual peru em ceia de Natal. Tinha muita coisa guardada. Coisas que a gente nem percebe. Passei por tanto perrengue esse ano que nem deu tempo de processar tudo. Era orgulho por minhas vitórias, casquinha de ferida de namoros passados, saudades de casa, frio... tudo misturado.

Conclusão: duas chorosas.

E quando eu estava procurando mais guardanapo no restaurante pra tapar os vazamentos de tanto que me debulhava, lembrei: tô de TPM. Cla-ra-ro. Tinha que ser.

Foi bom, foi ótimo. É bom deixar as coisas sairem do peito de vez em quando. É bom compartilhar esses sentimentos com as minhas amigas. É bom dar risada de si mesma. É bom contar com azamigas pra ver as coisas por outras perspectivas.

Mas bom mesmo é saber que em dois dias a TPM acaba... ninguém merece!

Fui,

Frô

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Somos todos um

Será que vivemos em um ármario de vestiário?

Viagem maluca da minha cabeça, parei pra pensar nesse assunto.

Não é um conceito novo. Lembra da febre de “O Segredo” e “Somos todos um”?

Pois no meu ultimo emprego conheci vários ‘nerds’ que me apresentaram conceitos de física quantica, e quando fui pra uma convenção na Áustria (metida!) no ano passado, assisti a palestras, exposições e vídeos sobre o assunto.

Hoje voltei a pensar nisso. Talvez porque estou trabalhando no meu “Projeto Felicidade”, ou talvez porque eu estava meio entediada no trabalho, e esbarrei com um vídeo (em inglês) que realmente me deixou com a pulga atrás da orelha.

O vídeo apresenta o conceito de que somos feitos de pensamentos (do mesmo material que são feitos os pensamentos - ondas de energia). Então, o nosso menor ‘pedaço’, é uma onda de energia, e é a mesma que faz o meu corpo, meu pensamento, o braço do Obama e a perna do Ronaldinho. A árvore, a casa, a torre Eiffel, as Cataratas do Iguaçu – tudo é feito da mesma coisa: ondas de energia.

Outra questão é: será que vivemos na realidade ou na ilusão? Como no filme “Matrix” ou o armário da academina do filme “MIB Homens de Preto”.

A parte científica da coisa se chama “Teoria das cordas” ou “Teoria das supercordas”. A explicação do Wikipedia você encontra aqui.

Então isso não é religião (mas também acredito ser, como mostra o Divinismo e outras religiões modernas), não é auto-ajuda ou fantasia – isso é ciência!

O que você pensa a respeito? Dê o seu pitaco.

Inté,

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Qual é a minha paixão? (Parte 2)

Lendo o livro "Projeto Felicidade" eu me identifiquei com(mais) um fato da vida da autora.

Ela era formada em direito e trabalhava como escrivã de uma juíza e notou que seus colegas de trabalho tinham prazer de ler ou conversar sobre direito nas horas vagas. Ela não fazia isso. Ela não gastava um minuto do seu tempo livre se interessando pelo assunto. Ela gostava de ler biografias e romances, tomar notas e escrever estórias. Ela decidiu seguir sua paixão: largou o direito e virou escritora em tempo integral.

Ela também diz no livro que desafios são fontes de felicidade pois a motivação é o nosso crescimento pessoal, mas que quando vencemos um desafio é normal não se sentir tão feliz, porque daí já precisamos de um novo desafio.

Penso na minha carreira. Trabalhar com eventos é interessante porque trabalho com projetos que são desafiadores, mas que terminam e dão lugar a um novo desafio. Porém, já faço isso há 10 anos... não me sinto mais motivada em minha área. Vejo as pessoas que trabalham comigo tão empolgadas com os eventos - eu não me empolgo mais.

Eu também gosto de escrever e o blog é um excelente hobby pra mim. Faz tempo que quero escrever em inglês, não só para alcançar pessoas em outros países, mas para praticar a escrita em outro idioma (acabei de assistir o filme Budapeste e sinto uma invejinha do personagem que escreveu um livro em húngaro). Há dois anos atrás pensei em começar um blog em inglês para escrever artigos relacionados com a minha profissão, com a área de marketing e eventos. Mas o projeto tá na gaveta até agora. Hoje eu descobri porquê: eu não tenho o menor interesse em escrever sobre marketing e eventos.

No meu tempo livre leio revistas de ciência e negócios. Me interesso por comportamentos humanos e de empresas. Como agem e quais os segredos por trás dessas ações. Os filmes que assisto ou são de alguma forma ligadas a questões filosóficas (como o sentido da vida e do amor) ou de ficção científica - mas do tipo mais acreditável, tipo "A Origem" e "Minority Report".

Por outro lado, penso se é mesmo tão importante seguir sua paixão na sua profissão. Ou se isso é utopia. Porque, convenhamos, no final do mês temos que pagar as contas, não? Vejo algumas pessoas que trabalham nas tais multinacionais e fico me pergunta do se eles tem essa paixão em descobrir um novo sabor de biscoito, ou comprar plástico para fazer embalagens, ou fazer a contabilidade de uma indústria química. Porque é isso que vai ser, minha gente, tô fazendo o MBA agora pra entrar de vez no mundo "corporativo" e largar a vida de eventos.

Conclusão: quando eu souber eu aviso. Acho que vale pelo menos escolher um hobby que me agrada mais. O meu projeto do blog em inglês vai virar sobre assuntos de comportamento, filosofia, tecnologia e ciência. Aviso aqui quando tiver no ar.

Inté,

Frô.

domingo, 11 de novembro de 2012

"E tracei a vida inteira planos tão incríveis..."

Saudades de colocar no título do post um trecho de uma música do Skank. Esse é da música "Pacato Cidadão", direto do túnel do tempo.

Pois cá estou eu projetando. Estou lendo o livro "Projeto Felicidade" e, apesar de só ter lido um capítulo até agora, estou adorando. Desde "Quarto" que eu não agarro em um livro e não quero largar mais.

Alguns trechos (eu estou lendo o livro em inglês, então os trechos são uma tradução livre minha e levemente resumidos):

"Olhei pela janela do ônibus e vi uma mulher tentando equilibrar um guarda-chuva, ler uma mensagem no celular e empurrar um carrinho com um bebê usando uma capa de chuva. Me reconheci naquela visão: Essa sou eu! - eu tenho um carrinho de bebê, um celular, um alarme, um apartamento, uma vizinhança..."

"Eu tinha tudo o que eu queria, mas eu falhava em apreciar o que eu tinha".

"Pesquisas recentes mostram que, em relação ao nível de felicidade de uma pessoa, a genética contribui em 50%; circunstâncias como idade, gênero, etnia, estado civil,renda mensal, ocupação e religião contribuem apenas de 10 a 20% e o restante é produto de como essa pessoa pensa e age."

"A minha definição de 'O que é felicidade' é 'Eu saberei quando eu sentir', e isso já é bom o bastante para o meu propósito".

"A minha amiga perguntou 'Você não vai fazer terapia?' [...] 'Você não quer saber porquê você é do jeito que é e porquê você quer que a sua vida seja diferente?'. Eu pensei nessa questão por um bom tempo e concluí - bem, não, na verdade não. Isso significa que eu sou superficial?"

"'Dormir é o novo sexo', eu recentemente fui a um jantar onde as pessoas descreviam a melhor 'soneca' que já tiveram com riqueza de detalhes..."

"Porquê o ato de 'ir pra cama' parece mais cansativo do que 'ficar acordada'? Inércia, eu presumo. Também tem todo o trabalho de 'pré-cama' como remover as lentes de contato, escovar os dentes e lavar o rosto."

Claro que eu me identifiquei com o livro. Acredito que muitos se identificaram, o livro é um best-seller. O que eu mais me identifiquei é que a autora se dizia feliz quando começou o projeto - e eu também me considero feliz - mas ela queria ser ainda "mais" feliz - e eu também quero.

Lendo o livro me lembrei de várias cenas de filmes-encosto que sempre ficam na minha cabeça referente a este assunto. Algumas delas são:

De "O Guia do Mochileiro das Galáxias"

De "13 Visões"

Ainda não decidi retomar - ou remodelar - o meu "projeto felicidade", mas acho que dá pra colocar em prática algumas dicas do livro.

E você? Qual a sua dica de felicidade que pode ser aplicada no dia-a-dia?

Volto com mais desse assunto em breve,

Frô

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Acordando pra realidade

Meu sonho...

Eis que a realidade bate na minha porta hoje personificada de fatura de cartão de crédito. Acho que ela gostou tanto do Halloween que tá andando fantasiada por aí até agora.

A pessoa aqui que ganha 2/3 do que ganhava em um emprego temporário que nem plano de saúde tem acha que pode sair por aí gastando pelo ladrão. Que pode se dar ao luxo de comer fora e andar de táxi todos os dias. Que pode entrar na 'Mark & Spencer' e comprar duas botas novas (gente, uma é azul marinho e a outra é uma preta básica de salto alto e super confortável! A compra não foi por impulso, foi por ne-ces-si-da-de), que pode ter um plano de saúde "premium", carteirinha da academia e ainda pagar aula particular de chinês.

Resultado: a fatura veio alta. Claro. Eu já sabia, mas fiz minhas contas de conversão de moeda 'di cumadre' e deu nisso. O dólar subiu sim, mas o problema não é a taxa do dólar, é a vida de expatriada que levo.

Bem feito. Agora é pagar a fatura e economizar grana. Amanhã vou andar de metrô (ai, tenho horror de pobre!).

Me desejem sorte,

Frô.